domingo, 5 de julho de 2020

A falibilidade dos planos e projetos da natureza humana.




A falibilidade dos planos e projetos da natureza humana.

Jonas Dias de Souza[1]

Mais um fim de ano que se aproxima. O mundo secular começa as suas tradições que terão seu ápice no último dia deste 2013. Com suas roupas brancas alguns farão oferendas e pularão as ondas do mar, preferencialmente em número de sete. Outros ainda carregarão lentilhas em seus bolsos e a comerão fazendo pedidos de interesse.

Há aqueles que prometerão parar  com algum vício, encarar uma dieta ou estudar mais para o vestibular. Outros pedirão e sonharão com empregos, casamentos, volta de amores antigos, compra de carro. E se fôssemos enumerar o que ainda falta ficaríamos aqui até o próximo fim de ano.

Nada de errado com estes desejos de melhorar seu comportamento moral ou espiritual, ressalvadas as
idolatrias. Prometer ser uma pessoa melhor é até louvável do ponto de vista antropológico.

Contudo, inevitavelmente, uma questão se apresenta nestas promessas e planos. E urge que falemos sobre este problema.

Trata-se da exclusão de Deus dos planos e projetos humanos. Isto mesmo. Projetam sonhos e necessidades e se esquecem de perguntar sobre qual seria o plano de Deus para eles ao longo do ano vindouro.

Fatos como este não são novos na cultura humana. O homem quando está em um momento de felicidade tende a esquecer do criador, mas, ao sinal da primeira adversidade, lembrará dele e correrá para seus braços. Tomara que dê tempo.

Fazer planos e projetos são algo bom e normal na natureza humana, há que lembrar, contudo, do desapontamento oriundo desta exclusão divina. Se o ditado secular diz que o futuro a Deus pertence, porque excluí-lo? O futuro está nas mãos de Deus, portanto é natural que quando pensarmos num futuro que nos inclui, coloquemos os nossos pensamentos nele. Não deveria ser assim?

O que gostaríamos de fazer daqui um lustro ou um decênio? Como reagiremos se Ele reorganizar as nossas metas e planejamentos?

Planejemos o futuro, mas busquemos antes de tudo a direção do Deus Todo Poderoso. Busquemos antes de qualquer coisa a sabedoria do altíssimo.

Quando nos refugiamos na vontade de Deus, não teremos desapontamentos, porque Ele é fiel e vela sobre a sua palavra para que ela se cumpra.

A vida humana é essencialmente curta, mesmo com alguns vivendo um século. Pensar que temos muito pela frente é uma verdadeira fuga da realidade. Quando vivemos para Deus hoje, não importa qual será o nosso fim, e nem se será breve como um sopro, pois teremos cumprido o plano de Deus.

O escritor da carta a Tiago, localizada no Novo Testamento da Bíblia Sagrada escreve e ensina o seguinte.

“ Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos e ganharemos.

Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.  Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.

Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.

Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.

Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.” (Tiago 4. 13-17)

O ser humano muitas vezes pensa que pecamos somente fazendo algo, mas quando não fazemos aquilo que deveríamos, também pecamos. Se mentir é pecado, calar a verdade também é. Podemos pecar falando mal de determinado semelhante, assim como, pecamos quando saímos de sua presença, sabendo que ele necessita de nossa ajuda.

Quando deixamos de reconhecer que a vida com todos os seus aspectos, todas as suas nuances e todas as suas bênçãos é uma concessão de Deus, pecamos. A nossa vida deve ser para glorificar e exaltar a Deus, inclusive com os nossos projetos de ano novo.

Vamos colocar Deus no primeiro plano para o ano seguinte e pedir a orientação do Espírito Santo para as nossas vidas. Este sim será um começo de ano bom.

Já presenciou como o ano começa para algumas pessoas? Para uns como se fosse acabar toda a bebida do mundo. Para outros no cometimento de adultérios. Outros que começam brigando. Excessos de comida...excessos de desejos ligados à carne... excessos prejudiciais.

Vamos valorizar o nosso lado espiritual. Iniciar o ano novo passando em um culto de adoração a Deus. A nossa congregação inicia o ano novo com a primeira Ceia do Senhor do ano. E se Deus quiser estarei lá.






[1] Servo de Deus. Congrega na Assembleia de Deus Missões na cidade de São João Del-Rei/MG. Graduado em Filosofia pela UFSJ. Estudante do 1º ciclo de graduação em Teologia pela EETAD.

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