A falibilidade dos planos e projetos da natureza humana.
Jonas Dias de Souza[1]
Mais um fim de ano que se
aproxima. O mundo secular começa as suas tradições que terão seu ápice no
último dia deste 2013. Com suas roupas brancas alguns farão oferendas e pularão
as ondas do mar, preferencialmente em número de sete. Outros ainda carregarão
lentilhas em seus bolsos e a comerão fazendo pedidos de interesse.
Há aqueles que prometerão
parar com algum vício, encarar uma dieta
ou estudar mais para o vestibular. Outros pedirão e sonharão com empregos,
casamentos, volta de amores antigos, compra de carro. E se fôssemos enumerar o
que ainda falta ficaríamos aqui até o próximo fim de ano.
Nada de errado com estes desejos
de melhorar seu comportamento moral ou espiritual, ressalvadas as
idolatrias. Prometer ser uma pessoa melhor é até louvável do ponto de vista antropológico.
idolatrias. Prometer ser uma pessoa melhor é até louvável do ponto de vista antropológico.
Contudo, inevitavelmente, uma
questão se apresenta nestas promessas e planos. E urge que falemos sobre este
problema.
Trata-se da exclusão de Deus dos
planos e projetos humanos. Isto mesmo. Projetam sonhos e necessidades e se
esquecem de perguntar sobre qual seria o plano de Deus para eles ao longo do
ano vindouro.
Fatos como este não são novos na
cultura humana. O homem quando está em um momento de felicidade tende a
esquecer do criador, mas, ao sinal da primeira adversidade, lembrará dele e
correrá para seus braços. Tomara que dê tempo.
Fazer planos e projetos são algo
bom e normal na natureza humana, há que lembrar, contudo, do desapontamento
oriundo desta exclusão divina. Se o ditado secular diz que o futuro a Deus
pertence, porque excluí-lo? O futuro está nas mãos de Deus, portanto é natural
que quando pensarmos num futuro que nos inclui, coloquemos os nossos
pensamentos nele. Não deveria ser assim?
O que gostaríamos de fazer daqui
um lustro ou um decênio? Como reagiremos se Ele reorganizar as nossas metas e
planejamentos?
Planejemos o futuro, mas
busquemos antes de tudo a direção do Deus Todo Poderoso. Busquemos antes de
qualquer coisa a sabedoria do altíssimo.
Quando nos refugiamos na vontade
de Deus, não teremos desapontamentos, porque Ele é fiel e vela sobre a sua
palavra para que ela se cumpra.
A vida humana é essencialmente
curta, mesmo com alguns vivendo um século. Pensar que temos muito pela frente é
uma verdadeira fuga da realidade. Quando vivemos para Deus hoje, não importa
qual será o nosso fim, e nem se será breve como um sopro, pois teremos cumprido
o plano de Deus.
O escritor da carta a Tiago,
localizada no Novo Testamento da Bíblia Sagrada escreve e ensina o seguinte.
“ Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá
passaremos um ano, e contrataremos e ganharemos.
Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que
aparece por um pouco e depois se desvanece.
Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos,
faremos isto ou aquilo.
Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como
esta é maligna.
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.” (Tiago
4. 13-17)
O ser humano muitas vezes pensa
que pecamos somente fazendo algo, mas quando não fazemos aquilo que deveríamos,
também pecamos. Se mentir é pecado, calar a verdade também é. Podemos pecar
falando mal de determinado semelhante, assim como, pecamos quando saímos de sua
presença, sabendo que ele necessita de nossa ajuda.
Quando deixamos de reconhecer que
a vida com todos os seus aspectos, todas as suas nuances e todas as suas bênçãos
é uma concessão de Deus, pecamos. A nossa vida deve ser para glorificar e
exaltar a Deus, inclusive com os nossos projetos de ano novo.
Vamos colocar Deus no primeiro
plano para o ano seguinte e pedir a orientação do Espírito Santo para as nossas
vidas. Este sim será um começo de ano bom.
Já presenciou como o ano começa
para algumas pessoas? Para uns como se fosse acabar toda a bebida do mundo.
Para outros no cometimento de adultérios. Outros que começam brigando. Excessos
de comida...excessos de desejos ligados à carne... excessos prejudiciais.
Vamos valorizar o nosso lado
espiritual. Iniciar o ano novo passando em um culto de adoração a Deus. A nossa
congregação inicia o ano novo com a primeira Ceia do Senhor do ano. E se Deus
quiser estarei lá.
[1]
Servo de Deus. Congrega na Assembleia de Deus Missões na cidade de São João Del-Rei/MG.
Graduado em Filosofia pela UFSJ. Estudante do 1º ciclo de graduação em Teologia
pela EETAD.
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