O
exílio ou cativeiro babilônico é o termo utilizado para chamar o exílio dos
judeus do antigo Reino de Judá para a Babilônio, no período de Nabucodonosor
II, sendo descrito pelos profetas do Antigo Testamento, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
A
primeira deportação iniciou-se em 598 a.C., quando Jerusalém foi sitiada e o
jovem Joaquim, Rei de Judá, rendeu-se voluntariamente. O Templo de Jerusalém
foi parcialmente saqueado e boa parte da nobreza, dos oficiais militares e dos
artífices, inclusive o rei, foram levados para o Exílio em Babilônia.
Zedequias, tio do Rei Joaquim, foi então nomeado como rei vassalo por
Nabucodonosor II.
Ocorre
que, 11 anos depois, em resultado de nova revolta no Reino de Judá, temos a
segunda deportação em 587 a.C. e a consequente destruição de Jerusalém e seu
Templo.
É
neste momento de total desespero que Jeremias, mergulhado nas profundezas de sua
alma, escreve em Lm 3:21, um dos versículos bíblicos para mim mais instigantes,
quando disse: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.
Trazendo
isso para os nossos dias, temos vivido tempos maus, onde uma sucessão
aparentemente infindável de tragédias e acontecimentos têm deixado muitos
atordoados, quando não fraquejados em sua fé, com uma tendência a cair no
ceticismo ou viver um cristianismo pautado no cinismo.
Aí,
você começa a se perguntar, se você é daquelas pessoas que realmente se
importam na forma como o mundo anda, com coisas do tipo: Qual o propósito disso
tudo? Onde estava Deus nestes eventos? O que a minha fé pode dar de resposta a
essas tragédias humanas?
E
aí, que é essencial, como li recentemente em artigo de Priscila Viégas Duque,
que o que não nos deixa sucumbir de vez é lembrar das misericórdias de Deus em
nossas vidas, de sabermos quem Ele é em nossa existência.
“As misericórdias do
SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não
têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (v. 22). A
palavra misericórdia, que em hebraico é “hesed”, pode ser traduzida por
“aliança de amor” ou “amor imutável”. Diante de tanta adversidade, parece
muitas vezes que não há mais esperança, mas Jeremias lembrou que a “hesed” de
Deus ainda permanecia sobre seu povo.
Ademais,
a confiança em Deus nos permite aceitar o que estamos vivendo em nossas vidas e
o que virá, sendo que essa atitude não é o fatalismo, como vemos em algumas
crenças, mas, sim fé. Ficamos em silêncio não porque não há o que dizer, mas
porque sabem que Deus nos atenderá a seu tempo e a seu modo.
Somente
quando abrimos esse nosso olhar para Deus é que conseguimos ver além das
circunstâncias deste mundo. Se não temos essa visão, nossa tendência natural é
cair no ceticismo ou não ver sentido nenhum na sucessão de fatos que vão se
amontoando dia após dia.
Leandro
Bueno
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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