domingo, 5 de julho de 2020

Servir a Deus na igreja, e em todos os lugares.



Servir a Deus na igreja, e em todos os lugares.
Jonas Dias de Souza[1]
Existe uma leva de pessoas que estão desiludidas com as igrejas. As congregações estão vazias se comparadas ao número de pessoas que se dizem cristãs.
Uma série de argumentos pode ser ouvida. Desde aquela que colocam os pastores como mercenários da fé, até aquela que simplesmente alega falta de tempo.
Mas a grande verdade é que o crente precisa freqüentar uma igreja. Independente da denominação, o crente precisa juntar-se à comunidade de seus conservos na Fé.
Seja na Batista, Presbiteriana ou Assembléia. Seja na Quadrangular ou Metodista. E tantas outras denominações que de fato cultivam a sã doutrina e o verdadeiro evangelho.
As respostas para esta afirmação pode ser encontrada na Bíblia Sagrada. Quando lemos a Palavra de Deus vemos que precisamos congregar.
Mas não somente ir a igreja. Precisamos de fato participar da vida eclesial na nossa comunidade. Envolver-nos em projetos.  Ajudar os vários ministérios existentes. Se não podemos atuar diretamente, podemos colaborar com sugestões, com orações e intercessões, por aqueles crentes que de fato atuam na linha de frente.
Porque o crente deve freqüentar uma igreja?

“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler”. (Lucas 4.16)
O exemplo maior vem de Cristo Jesus. Como podemos dizer que somos Cristãos e não mirarmo-nos no exemplo de Jesus cristo. Se dizer Cristão e não congregar é no mínimo contraditório.  O mestre foi para a sinagoga (igreja daquele tempo) conforme era seu costume.
Devemos fazer da adoração algo regular em nossa vida. Ao fazermos um paralelo da sinagoga com a vida de Jesus, vemos que havia somente imperfeição naquela igreja local, mesmo assim Jesus ali comparecia toda semana. Diante do exemplo de Cristo, nossas desculpas não obtêm convicção.
O escritor de Hebreus nos exorta a não abandonarmos a nossa  congregação conforme era feito desde tempos imemoriais.
“E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” (Hebreus 10.24-25)
Quando negligenciamos as reuniões da igreja, estamos desencorajando outros Cristãos a perseverar e estamos declinando da nossa missão em ajudar. Nos cultos ocorre o compartilhamento de nossa Fé. Quanto mais próximo da vinda de Cristo, mais as lutas espirituais aumentam. O crente que não congrega fica mais fraco para enfrentar as potestades e os poderes das trevas, pois as forças que são opositoras dos cristãos crescem em poder.
Não podemos esconder-nos nas dificuldades para não irmos à igreja. Antes, é nestas horas de luta que encontraremos nos nossos irmãos o apoio necessário. Quanto maior a luta e as dificuldades, mais esforços devemos fazer,  para estarmos presentes nos cultos de adoração a Deus.
E como deve ser a nossa atitude de adoração?
“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.” (Salmo 46.10a)
Se não podemos evitar as guerras, podemos aquietar-nos e confiar em Deus. Devemos entrar pela porta de Deus com louvor e com hinos nos átrios do Senhor. O salmo 100 assim nos ensina.  Por inúmeras vezes esquecemos de que o jugo do SENHOR é mais suave do que o colocado pela vida carnal em nossas costas. Acontece de sofrermos quando deveríamos descansar em Deus.
Isto, contudo, não implica, conforme já dissemos,  que o crente não sofre.  Mas a nossa atitude de adoração deve ser de confiança em deus e nas suas providências. Podemos crer que Ele quer o melhor para seus filhos.
O evangelista João nos exorta a respeito do fato de que Deus procura por verdadeiros adoradores. Se nada viesse acompanhando a salvação já seria motivo suficiente para que nos dedicássemos à adoração. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”. (João 4.24)
Quando deparamos com a afirmação de que “Deus é Espírito” devemos lembrar de que as leis do tempo e do espaço não se aplicam a Ele. Por Ele ser o criador de tais leis. A sua onipresença (capacidade de estar presente em todos os lugares), faz com que possamos adorá-lo em qualquer lugar. Até mesmo em meio às tribulações. Deus não está confinado numa igreja, mas nem por isto, deixaremos a nossa congregação. O que torna importante não o lugar onde o adoramos, mas sim, a maneira como o adoramos. Recomendo ver (Rm 8.26; 14.26 e 5.5 para que vejam o quanto podemos esperar de Deus.
Todo crente tem responsabilidade. Qual é afinal a responsabilidade do crente?
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19) Este versículo de Mateus nos mostra a responsabilidade dos crentes. A primeira é que, todo crente precisa testemunhar a respeito da obra redentora do filho de Deus. Em seguida aprendemos também a idéia da Trindade. Vemos que a ordem (é um imperativo) está no singular ao tratar sobre em nome de quem batizaremos.
Infelizmente, há uma série de denominações que estão batizando antes de ensinar. O que acontece, é que simplesmente entra um pecador seco e sai um pecador molhado. Em seguida somem da congregação. Ensinar deve vir prioritariamente antes de batizar. Temos aqui uma referência clara e insofismável da Trindade, e uma tríplice ordem missionária.
Podemos ainda questionar o porquê desta ordem de testemunhar. Por que o crente precisa testemunhar de Jesus? Desde o AT encontramos da necessidade que as nações tem de serem avisadas da possibilidade de suas perdições eternas.
“Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte. Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão não o requererei. Mas se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma”. (Ezequiel 3.17-19)
Na atualidade tratamos de recuperar almas que poderão perder uma vida eterna com Deus. Portanto devemos testemunhar sempre. Embora as pessoas sejam individualmente responsáveis diante de Deus, nós Cristãos temos o dever de adverti-las sobre a iminência do inferno para suas almas ao rejeitarem o sacrifício de Cristo Jesus.  Devemos nos mostrar interessados pelas suas almas e mais do que mostrar interesse passarmos para a ação.


[1] Servo de Deus congrega na Assembléia de Deus Missões em São João Del Rei/MG. Licenciado em Filosofia pela UFSJ. Estudante de Teologia da EETAD.

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