O surgimento do mal em nossa vida.
Jonas Dias de Souza
Uma porção de vezes nos deparamos
com situações em não gostaríamos de estar. Mas quando vamos analisar a
posteriori e de forma racional, percebemos que, nos permitimos entrar na
situação ou nos colocamos na situação.
Podemos até perguntar o porquê de
ter acontecido, quando estamos na presença de Deus. Mas é por isto que a Bíblia
Sagrada que é a Palavra de Deus recomenda vigiar e orar. Não basta somente
vigiar ou somente orar. Assim como a ordem não pode ser invertida. O imperativo
é vigiar e orar.
Vigiar nos lembra o estado de
alerta que devemos ter para perceber a presença do mal.
Não digo que é fácil vigiar.
Mormente em coisas ligadas ao mundo, quando confrontadas com os Cristãos, são
essencialmente perigosas para nos tirar da presença do Senhor.
As situações acontecem por causa
da vontade permissiva de Deus. Ou seja, insistimos tanto e por muitas vezes em
entrar nas situações pecaminosas, que a vontade permissiva de Deus, permite que
entremos nelas. Quando oramos pedindo
“discernimento espiritual”, estamos de
fato pedindo ao Espírito Santo que nos ajude a discernirmos as situações
espirituais das carnais. Este aprendizado quando efetivado, e associado a uma
vida de progressiva santificação é que irá nos livrar de situações
desagradáveis.
A este respeito o apóstolo Tiago,
ensina na sua carta que o caminho do mal possui alguns estágios em seu trajeto.
O estágio inicial é a “Cobiça”.
Ou seja, olhamos e passamos a desejar aquela situação. Exemplos bíblicos de
pessoas que entraram neste primeiro estágio: Eva, Caim, Acã e Absalão, Sansão.
Eva vislumbrou a possibilidade do conhecimento pelo fruto. Caim vislumbrou a
lição que daria aos privilégios de Abel. Sansão viu a mulher filistéia. E por
aí segue. Acã viu as riquezas.
Assim o homem casado ou a mulher
casada vê numa pessoa a possibilidade de desfrutar alguns momentos de prazer.
No mundo de hoje, sabemos que isto é difícil, principalmente por causa da
cultura de valorização dos corpos e do sexo. O que o crente em Cristo deve
fazer é não alimentar este desejo na mente. Por mais que as situações sejam
sedutoras, devemos parar de alimentar a cobiça de forma imediata. Existem
fórmulas? Um versículo, uma porção bíblica, um hino, uma oração, um desvio de
olhar, uma mudança de assunto, e outras inúmeras. Quando a comunhão com o
Espírito Santo se torna uma constante fica tudo muito mais fácil.
Resumindo o processo. Quando
almejamos o pecado, comportamos como um peixe. Ficamos nadando em volta e
observando a isca. Em seguida a abocanhamos. O passo final é a retirada da água
num puxão abrupto pelo pescador. Enquanto não se consuma o abocanhar da isca,
ainda podemos fugir do pecado. Lembremos sempre do ensino de Martinho Lutero e
que se tornou um hino da Harpa Cristã, “Castelo Forte é o nosso Deus.”
Ao lermos Provérbios aprendemos
que: “Torre forte é o nome do SENHOR; a
ela correrá o justo e estará em alto refúgio.” (Pv 18.10)
O estágio de número dois é a
manutenção do desejo nascido dentro de nós. É assemelhado a uma doença que vai
incubando. E em verdade o pecado é uma doença. Para o Cristão é uma séria
enfermidade. Quando a manutenção do desejo se dá por um tempo prolongado,
sentimos necessidade de entrarmos em ação. Eis aí o caminho para a consumação
do pecado.
O terceiro estágio é a eclosão da
doença. De tanto alimentarmos os desejos pecaminosos, entrando em ação, damos
vida ao ato pecaminoso. Nós estamos
afastando-nos de Deus. Precisamos agora voltar para Ele e pedir perdão. É o que
podemos chamar de restauração do altar, ou ainda, voltar ao primeiro amor.
Concluímos que sem a ajuda do
Espírito Santo a produzir em nós um coração puro e um espírito reto, somos
incapazes de fugirmos por nossa conta do mal que nos rodeia. É necessário
vigiar e orar.
Quando aprendemos a discernir; aprendemos
a saber a diferença e passamos a perceber com clareza. Passamos a compreender o mundo circundante.
Vemos que estamos no mundo, mas não somos do mundo, conforme ensinou Cristo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário